Objeto ainda não foi identificado e especialistas não conseguiram recolher fragmentos até o momento
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Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
Namanhã de quarta-feira (12), mais aproximadamente às 6 horas do horário
de Brasília, um objeto rasgou o céu do estado de São Paulo, aterrissando
próximo do litoral e do município de Caraguatatuba. De acordo com os
pesquisadores da BRAMON (Rede Brasileira de Observadores de Meteoros), o
objeto atingiu a magnitude de -4.7 e entrou na atmosfera a 15 mil km/h.
O evento foi primeiramente detectado pela câmera allsky
instalada na cidade de São Sebastião, no litoral paulista, e alguns
segundos depois pela câmera localizada na cidade de Mogi das Cruzes, na
região metropolitana de São Paulo. Até o momento, não houve qualquer
registro de fragmentos remanescentes, porém, de acordo com o pesquisador
Carlos Augusto de Pietro, ligado à BRAMON, o objeto possuía por volta
de 25 quilos de massa. Veja o registro de uma das câmeras:
Não
ficou claro que tipo de objeto é esse, sendo que provavelmente não se
trata de lixo espacial. A densidade é similar à de um condrito
carbonáceo CM, porém mais poroso. Os condritos carbonáceos apresentam
elevado teor de carbono, normalmente na forma de grafite, além de
carbonatos e compostos orgânicos, incluindo aminoácidos. Também podem
conter água e minerais alterados pela água. Rochas desse tipo podem ter
sido formadas no Sistema Solar exterior.
Fonte da imagem: Reprodução/Apollo11
Pelo
mapa da trajetória podemos perceber que o objeto cortou a cidade de
Caraguatatuba e provavelmente caiu no oceano perto do litoral (se tiver
sobrevivido à entrada na atmosfera). De acordo com Pietro, a
determinação do corpo parental ainda está em processo de análise e será
divulgada em breve. Veja outro registro do evento:
A
BRAMON tem por objetivo detectar e determinar possíveis eclipses e
dispersões de meteoritos. A rede conta atualmente com quatro estações
sincronizadas entre si, permitindo a triangulação e o acompanhamento dos
meteoritos que entrarem no campo estabelecido. Somente no último mês,
trajetos de seis bolas de fogo foram detectados no território
brasileiro.
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